quarta-feira, 3 de junho de 2009


terça-feira, 2 de junho de 2009

Violência na Música

Músicas cujo conteúdo seja violento e agressivo, aumentam a probabilidade de fazer as pessoas ter sentimentos e emoções do mesmo tipo. Os jovens tendem a seguir os seus ídolos, logo, se estes forem violentos, aqueles que ouvem a sua música e se identificam com eles, vão também ter comportamentos desviantes, apontando para um comportamento agressivo. Hoje em dia, é normal a grande parte das músicas de rap ou de heavy metal, fazer alusões a sexo, drogas e álcool.

Outros estudos revelam que por vezes a relação música-comportamento desviante não é assim tão linear. O estudo sugere que os jovens têm comportamentos desviantes como sexo, drogas e álcool, antes de ouvirem rap ou heavy metal. Também foram feitos estudos sobre o gangsta rap, cujos vídeos são quase ou até mesmo pornográficos, para ver em que sentido este influenciava o comportamento de um homem em relação a uma mulher, de uma forma sexualmente agressiva, e os resultados foram surpreendentes quando houve homens que até pensaram em violação ou abuso.

Os vídeo-clips do gangsta rap, ou contêm imagens de cariz sexual explícito, ou então quase como uma provocação à autoridade, com imagens de consumo de droga, armas, barras de prisão, rusgas, etc. Claro que uma criança ou um jovem que se identifique com este tipo de comportamentos, sem pensar nas suas repercussões, está bastante apto a também seguir o mesmo comportamento.

Obviamente a culpa não é da música, como diz Eminem “When a dude's gettin bullied and shoots up your school and they blame it on Marilyn - and the heroin, Where were the parents at?”. Não há provas concretas que a música tenha influência directa, em relação aos comportamentos desviantes dos adolescentes. Mas a verdade é que normalmente as pessoas que estão nos meios do gangsta rap e do metal, acabam por assumir comportamentos desviantes.

   Outra componente da música Gangsta Rap, como o nome indica, é a exaltação do Gangster, que não só profere ameaças ao gang rival nas músicas mas fala abertamente à imprensa e em concertos, para grande entusiasmo dos fâs sobre as rixas  entre os Gangs.

   As rixas mais frequentes no Rap actualmente provêm da antiga rivalidade nos anos ’90 entre a Costa Este e Oeste Americano, na altura entre o “East Coast’s Bad Boy Records” e “West Coast Death Row Records”.

O Hip Hop, nascido em Nova York nos anos ’70  começou a ganhar terreno em Los Angeles apartir de 1992. As rivalidades entre o dois pólos pareciam só uma questão de orgulho de bairro, havendo só insultos nas actuações dos artistas, em eventos de prémios e muito divulgados pelos media. Com o agravar das rivalidades começaram a existir situações em que eram disparadas armas entre rappers famosos, até que a 7 de Setembro de 1996, o rapper Nova Iorquino Tupac Shakur foi baleado em Las Vegas, morrendo poucos dias depois. A 9 de Março do  mesmo ano, o seu rival The Notorious B.I.G., um artista da “West Coast” foi assassinado na Califórnia. Ambos os assassinatos permanecem por resolver, levando ao surgimento de várias teorias ao longo dos anos, entre muitas a de que a morte de Tupac tenha sido encenada.

A partir daí as tensões entre as duas casas de rappers tem sido cada vez mais agravadas.

A questão que pensamos ser problemática no meio disto tudo, no entanto, é a influência cada vez maior que estas estrelas do mundo do rap têm em jovens, especialmente jovens de origens comuns como os que vivem no bairro, mas não só. É um perfeito exemplo da banalização do acto do crime. Os milhares de fãs de um rapper são capazes de seguir relaxadamente a letra de uma música do seu ídolo que descreva ameaças de assassinato, rapto etc. sem que tenha qualquer problema com isso. Isto, claro está, associado à pobre educação que os jovens dos bairros têm, contribui em grande escala para tais comportamentos. Eles reconhecem a raiva que sentem nas letras das músicas dos rappers, que contam muitas vezes a vida dura por que passaram e com a qual os jovens se identificam, como é o caso do mais famoso desta escola, "50 Cent", o rapper com mais sucesso até hoje, que fez inclusivé um filme que se tratava disso mesmo: as dificuldades que teve que ultrapassar ao longo da vida, como sugere o título "Get Rich Or Die Tryin' ". Como todos os jovens procuram alguém que os guie, alguém com quem se identificar, alguém que tenha os mesmos ideais que eles, acabam por descobrir no gangsta rap principalmente certas semelhanças que os fazem idolatrar e por vezes imitar os rebeldes "cantores".

sexta-feira, 1 de maio de 2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009

imagens de capas do jogo "Grand Theft Auto"



GTA: Grand Theft Auto

Grand Theft Auto, mais conhecido por GTA, é um dos mais conhecidos e polémicos jogos para consolas. O objectivo consiste em manipular a personagem no mundo do crime. Assim, proporciona uma violência "estupidamente simples", que vai desde roubos de carros, assaltos, combates com a polícia e guerras com gangs, até a crimes mais elevados como assassínios de qualquer outra personagem que se cruze no caminho do jogador. Por outro lado, pode também optar-se pela vida normal, legal, trabalhando honestamente como taxista, médico, polícia, ou outros, embora dessa forma nunca irá conseguir concluir o jogo. Portanto o jogo obriga o jogador a optar pela via criminosa.

O tema principal do jogo, a violência, é um factor constante na sociedade pós-moderna. Por isso cada vez mais as pessoas têm-se protegido até nas suas próprias casas, recorrendo a métodos de segurança como sistemas de vigilância, muros altos ou seguranças, fazendo das pessoas que levam uma vida dita honesta a terrem de viver encarceradas enquanto que os marginais vagueam pelas ruas em liberdade. As pessoas vivem num medo constante, mesmo dentro das suas propriedades, pois cada vez mais o número de crimes aumenta e os métodos utilizados ultrapassam os limites do que era considerado "normal" no crime.

Um dos grandes problemas deste tipo de jogos é estes serem dirigidos a um público alvo de uma faixa etária baixa. As crianças são facilmente influenciadas e psicologicamente manipuladas pelo que veem e presenceiam e o facto de elas serem as maiores consumidoras deste tipo de jogo é preocupante. Elas sempre tentaram imitar super-herois mas eles tornaram-se banais e sem conseguirem provocar niveis de adrenalina e excitação nas crianças como os criminosos conseguem ao infringirem as regras e mesmo assim escaparem imunes. Isto leva a que muitas vezes os valores que este tipo de jogos transmite seja contrário ao que aprendem com os pais, e pode até provocar discussões e mau ambiente familiar constante, o que logicamente irá influenciar o comportamento desta fora do circulo familiar.

Nos Estados Unidos um jovem de nome Devin Moore foi apreendido após ser suspeito de roubo de um automóvel. Quando teve oportunidade pegou na arma de um dos agentes, e disparou fatalmente sobre três pessoas, duas dessas eram policias. Mais tarde, Devin Moore afirmou que "a vida é como um jogo, um dia tens que morrer." Devin era um bom rapaz que tinha acabado o liceu e preparava-se para se juntar ao exército. Não se pode provar a 100 por cento que o jogo GTA influenciou Devin, mas a verdade é que ele jogava dias e noites. A exposição a jogos violentos é uma condicionante para um comportamento violento. Os jogos com estas componentes agressivas aumentam os pensamentos agressivos, sentimentos e comportamento de uma pessoa.

Estes jogos violentos são mais prejudicias do que a própria televisão violenta, pois nos jogos há uma interacção e o jogador identifica-se com a personagem. Estudos revelam que o cérebro daqueles que têm os jogos violentos como um meio de entretenimento por excelência, tem um aumento de actividade na amigdala e a consequente descida de actividade em áreas do cérebro relacionadas com a atenção, auto-controlo e inibição.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Ficha técnica sobre o filme "Goodfellas"

Realização:                       Martin Scorcese
Argumento: Nicholas Pileggi
Data de Lançamento:     19 de Setembro de 1990 (EUA)
Género:                             Biográfico | Crime | Drama
Prémios:                           1 Óscar. 32 outros prémios e 18 nomeações.


Elenco

Robert De Niro James 'Jimmy' Conway
Ray Liotta Henry Hill
Joe Pesci Tommy deVito
Lorraine Bracco Karen Hill
Paul Sorvino  Paul 'Paulie' Cicero

mais em:                    http://www.imdb.com/title/tt0099685

excerto do filme #2

excerto do filme #1

Análise da personagem Henry Hill do filme "Goodfellas"

"As far back as I can remember, I always wanted to be a gangster".
Goodfellas.


Henry Hill (personagem interpretada por Ray Liotta em "Goodfellas") é um rapaz que vive nos subúrbios de Brooklyn, em 1955. Vem de uma família disfuncional de cinco irmãos em que a educação dos pais é inexistente, excepto pela violência. Isto alia-se à liberdade que Henry sempre teve, que tornou a rua a sua verdadeira casa. Assim, tem como modelos de vida aqueles que observa todos os dias e que lhe retribuem alguns favores por uns trocos. É nesta altura que Henry se inicia no mundo da máfia. Começa como "moço de recados" e ganha algum dinheiro a estacionar os carros dos gangsters. Isto agrada-lhe bastante pela sua vaidade em mostrar que se poderia tornar numa das pessoas e estilos de vida que admirava. O dinheiro era cada vez mais um meio para resolver os problemas que surgiam e, quando este não o permitia, partiam para a violência extrema. Apesar destes ideais corruptos e perigosos, era aqui que Henry se sentia seguro.

À medida que vai subindo na hierarquia vai assumindo maiores responsabilidades, que vêm com cargos e tarefas mais perigosas. Estas envolvem normalmente mais que uma pessoa, o que implica uma confiança mútua já que o que começa a estar em causa, além dos interesses económicos, são as próprias vidas de cada um. Henry apercebe-se desta realidade quando vê pela primeira vez um homem alvejado. A partir daí, esta confiança e lealdade perante o outro, torna-se vital e clara para ele. "Never rat on your friends and always keep your mouth shut" é o lema que domina a máfia italiana. Quem lhe disse isto foi Paulie Cicero, que era o Padrinho, o capitão da máfia local e que foi alguém que sempre ajudou a carreira de Henry como Gangster e o apresentou às pessoas e contactos certos. Em troca, tinha de cumprir as tarefas que Paulie lhe incumbia. Toda a máfia gira portanto à volta de favores e não de obrigações legais. A expressão "limpar as mãos um ao outro", descreve exactamente o espírito que se vive quer dentro das famílias de máfia, quer das próprias famílias para com o exterior. Por uma certa quantia, uma loja pode, por exemplo, deixar de ser assaltada e passar a ser vigiada de forma a proteger a integridade dos proprietários. Tudo isto, Henry teve que perceber e aprender a lidar, de forma a poder continuar a subir na vida e chegar aonde queria.

Anos mais tarde, agora já adulto, muitas das suas prioridades e ideais mudam. O dinheiro, apesar de nunca deixar de ser um elemento fulcral para si, passa muitas vezes para segundo plano após o despertar do interesse pelas mulheres. Apercebe-se que através do estatuto de gangster, tem facilidade em conquistá-las e manter até mais do que um relacionamento. Quer formar uma família mas não dispensa a companhia das amantes em certos dias. Conhece também gente cada vez mais carismática, com feitios bastante opostos. Tanto lida com pessoas que mesmo nos momentos mais difíceis, conseguem manter a calma, como é confrontado com pessoas que, pelo mínimo desrespeito ou gozo, se irritam ao ponto de matar.

Após passarem tantos anos juntos, a ultrapassarem dificuldades e a alcançarem sonhos que sempre desejaram, Henry Hill e os parceiros acabam por formar uma tal cumplicidade que chegam ao ponto de nem nas férias se separarem. Vestem-se todos da mesma forma e têm os mesmo costumes. Vivem cada vez mais das aparências, inclusivé no momento em que são presos e vivem como se numa casa estivessem. Continuam a manter as hierarquias e o respeito, embora nesta altura, Henry, nas costas de Paulie, comece a envolver-se num novo negócio bastante lucrativo: a droga. A decadência é imediata e as consequências dos seus actos acabam por aparecer. Começa a perder tudo o que formou e a deixar de ter quem confie nele. Acaba deste modo por se tornar no que sempre tentou evitar: o cidadão banal que ninguém conhece nem quer saber.